quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Parazão do mais do mesmo

Voltamos! Como já vinha sendo anunciado em nossas redes sociais, em 2020, o Jogada Paid'égua voltaria a ter postagens no blog, e aqui estamos com o primeiro texto do ano, trazendo uma triste constatação que podemos fazer assistindo as partidas do Parazão 2020, a falta de atletas com aquela qualidade a mais, que possam ser capazes de desequilibrar para seus times e botar medo nos adversários.

Após praticamente só empatar em 2019, Hélio dos Anjos tem tido dificuldade com a defesa do Papão (Foto: Flickr Paysandu)
Com o futebol cada vez mais defensivo, a figura do centroavante, por exemplo, vem sendo deixada de lado, posição essa que já teve nomes marcantes por aqui, só para lembrar os mais recentes: Vandick, Robgol, Fábio Oliveira, Ageu Sabiá, entre outros, uns com mais, outros com menos brilho ou conquistas. Contrastando com o sumiço de jogadores fixos no ataque, vemos o esquema tático 4-3-3 voltar a ser utilizado com frequência, porém de uma forma disfarçada que acaba prejudicando os três atacantes, em especial os que jogam abertos, atuando na verdade como meias que recompõem a marcação, acompanhando os laterais adversários.

Paysandu e Remo mantiveram boa parte de seus elencos de 2019, mesmo este sendo um ano sem brilho para o futebol paraense, com o Remo levando o estadual e o Paysandu sucubindo na terceirona e Copa Verde nos últimos lances das partidas. Dos Anjos e Jaques têm escalado times até ofensivos na teoria, mas totalmente sem movimentação e ainda por cima deixando as defesas expostas no mano-a-mano praticamente os noventa minutos de jogo. Xaves e Serginho, os "volantões" da dupla RE-PA ainda não mostraram um futebol convincente aos olhos de torcida e imprensa. Será que estão guardando para o Clássico de domingo?

Parte da torcida azulina já começa a criticar o volante Xaves (Foto: Remo 100%)
A mudança, ou melhor, a  volta ao bom futebol que nossos clubes já praticaram, inclusive os interioranos, passa por melhorias estruturais do futebol local. A começar com a FPF, que tem os mesmos nomes no comando há décadas e toma decisões no mínimo confusas a respeito dos certames locais. Os clubes interioranos precisam olhar mais para seus produtos locais, deixando para importar somente o necessário.
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